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Café & Saúde



Uma pesquisa divulgada recentemente pelo British Medical Journal, renomada revista acadêmica-médica do Reino Unido, trouxe dados animadores. O trabalho relaciona o consumo diário de cafeína (entre três e quatro xícaras de café) a uma menor chance de se desenvolver problemas cardiovasculares e derrames cerebrais. Nesse estudo foi realizada uma análise estatística de 218 pesquisas feitas ao longo dos anos. Ele mostrou que o risco de doenças cardíacas é 19% menor em quem ingere essa dose recomendada de café por dia. No caso do derrame cerebral esse índice cai para 30%.

 

O CAFÉ AJUDA A PREVENIR DOENÇAS

Em pessoas saudáveis, de qualquer idade, o consumo de três a quatro xícaras por dia é capaz de reduzir o risco de algumas doenças, tais como:

– doenças cardíacas;

– doença de Parkinson e de Alzheimer;

– obesidade;

– diabetes;

– cálculos biliares;

– alguns tipos de câncer (de cólon e reto, de fígado);

– depressão.

 

Há estudos científicos que relacionam o consumo moderado de café à melhora das funções hepáticas, aumento da imunidade, melhor rendimento escolar (devido à maior capacidade de concentração). O café também é indicado como coadjuvante no tratamento cognitivo-comportamental de alcoolistas, pois auxilia a manter a remissão do consumo de bebidas alcóolicas.

 

QUANDO O CAFÉ DEVE SER EVITADO

Mesmo com tantos benefícios, gestantes e pessoas com os problemas citados abaixo não devem consumir regularmente xícaras de café, salvo sob orientação médica.

– gastrite;

– doença do refluxo gastroesofágico;

– úlcera péptica;

– transtorno de ansiedade generalizada;

– transtorno do pânico;

– doença isquêmica.

 

O guia de orientação nutricional dos Estados Unidos, Dietary Guidelines for Americans, usado como referência em diversos países recomenda que a ingestão diária de café não ultrapasse oito xícaras ou 400 mg de cafeína.



Continue lendo para você entender melhor como o café pode ser benéfico à sua saúde como um todo, através de um estudo de revisão detalhado publicado pela Scielo:


O café é uma das matérias-primas com maior importância no comércio internacional. É igualmente uma das bebidas mais apreciadas em todo mundo, não só pelas suas características organolépticas, mas também pelo seu efeito estimulante. Novas linhas de investigação têm dado relevo a outros compostos químicos, igualmente presentes no café, ale'm da cafeína, sugerindo potenciais efeitos benéficos e protetores ao nível da saúde dos consumidores desta bebida.


A composição química do grão verde de café é bastante complexa. Durante o processo de torrefação ocorrem, ainda, diversas reações químicas, através das quais se degradam e/ou formam inúmeros compostos. Estima-se que o grão de café torrado possua mais de 2000 compostos químicos alguns destes com actividades biológicas conhecidas (adversas e/ou benéficas). Deste modo, os efeitos do consumo de café irão depender da qualidade e quantidade dos compostos químicos ingeridos, estando o consumo moderado normalmente descrito como a ingestão de 3 a 5 doses diárias de café (aproximadamente 150-300 mg de cafeína/dia).


No entanto, a composição química da bebida é bastante variável e largamente dependente das espécies de café utilizadas, sendo as mais comuns a Coffea arabica (cerca de 70% da produção mundial) e a Coffea canephora var. robusta (mais de 25%). Estas duas espécies diferem entre si pelas suas características organolépticas, físicas e químicas. O aroma e o sabor do café arábica são mais apreciados que os do robusta, sendo por isso mais valorizado comercialmente. O café robusta resiste mais facilmente ao ataque de pragas durante o seu cultivo e é especialmente utilizado para aumentar o corpo e a espuma de algumas bebidas, assim como para a produção de café solúvel. Quimicamente, estas espécies diferenciam-se pelo seu teor em diversos componentes: cafeína (o dobro no café robusta), minerais, compostos fenólicos, trigonelina, aminoácidos, aminas biogénicas, diterpenos, ácidos gordos, esteróis, β-carbolinas, entre muitos outros.


Além da influência da espécie de café, o tipo de processamento a que os grãos verdes são sujeitos (via seca, úmida ou mista, descafeinização), o grau de torra e de moagem, assim como o método de preparação da bebida (filtro, expresso, cafeteira, fervido, etc) e o respectivo volume, irão igualmente contribuir para a variação da composição química da bebida final.


Finalmente, a frequência de ingestão, os hábitos alimentares, o estilo de vida (consumo de álcool e/ou tabaco) e a predisposição genética individual para o desenvolvimento de determinadas doenças poderão de igual modo influenciar os efeitos do café na saúde do consumidor.


AÇÃO DO CAFÉ SOBRE A SAÚDE



Café e efeito estimulante

Além de ser fonte de minerais, como cálcio, ferro e magnésio, o café tem em sua composição alta dose de cafeína. Essa substância funciona estimulando o sistema nervoso central e apresenta ótimos resultados tanto quando usada para melhorar a concentração e o trabalho mental quanto como estimulante muscular antes da prática de exercícios físicos.


O principal componente psicoativo do café é, sem dúvida, a cafeína. Os efeitos comportamentais mais notáveis ocorrem após a ingestão de doses baixas a moderadas (50-300 mg) deste composto, verificando-se uma melhoria na performance cognitiva e psicomotora do consumidor (melhoria do estado de alerta, da energia, da capacidade de concentração, do desempenho em tarefas simples, da vigilância auditiva, do tempo de retenção visual e diminuição da sonolência e do cansaço).


O principal mecanismo de ação da cafeína deve-se à sua similaridade estrutural com a molécula de adenosina, um potente neuromodulador endógeno, que inibe a libertação de diversos neurotransmissores: glutamato, ácido gama-aminobutírico, acetilcolina e monoaminas. A cafeína pode ligar-se a receptores da adenosina (A1 e A2A), bloqueando-os. Deste modo, a ação maioritariamente inibitória da adenosina fica impedida, sendo o efeito da cafeína, consequentemente, estimulante.


O consumo moderado de cafeína não parece, de um modo geral, acarretar riscos para a saúde. Porém, doses elevadas podem induzir efeitos negativos tais como taquicardia, palpitações, insônia, ansiedade, tremores, dores de cabeça e náuseas. É de realçar que estes efeitos indesejáveis podem manifestar-se, igualmente, em alguns indivíduos sensíveis à cafeína, mesmo sem o consumo de elevadas quantidades de café. Verificou-se, ainda, que a ansiedade causada pela ingestão de café é mais marcada em indivíduos naturalmente ansiosos ou que sofrem de ataques de pânico.


Café e cefaleias

A eficácia da cafeína no alívio das dores de cabeça induzidas pela sua privação (que leva à vasodilatação cerebral) reflete as suas propriedades vasoconstritoras a nível central.

Relativamente a outro tipo de cefaleias, como as de tensão, a cafeína parece ter também um papel ativo no alívio da dor, sendo o efeito dependente da dose ingerida.


Café e doença de Parkinson

A doença de Parkinson (DP) é causada por uma degeneração severa dos neurônios dopaminérgicos da substância nigra do cérebro, causando incapacidade de controlo voluntário dos movimentos e levando ao tremor, aquinésia, rigidez e instabilidade postural. De um modo geral, os estudos epidemiológicos sugerem que o consumo de café está inversamente associado ao risco de DP, especialmente em indivíduos do sexo masculino (relação dose-dependente).


Num estudo de coorte, homens que consumiam pelo menos 3 a 4 xícaras de café por dia apresentavam um risco 5 vezes menor de desenvolver DP, do que os não consumidores. Num outro estudo prospectivo, homens que consumiam diariamente a quantidade de cafeína correspondente a uma xícara de café possuíam um risco 50% menor de desenvolver a doença, não tendo sido encontrada qualquer associação em relação ao consumo de descafeinado.



Café e doença de Alzheimer

A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, que resulta numa diminuição progressiva das capacidades cognitivas, por aumento dos níveis cerebrais da proteína β-amilóide. Além da cafeína, outros compostos com ação antioxidante existentes no café poderão ter um papel essencial na protecção contra esta doença, reduzindo o stress oxidativo celular, através da neutralização de radicais livres


Café e depressão/risco de suicídio

Sabe-se que doses moderadas de cafeína interferem positivamente no humor, na disposição, e na performance cognitiva devido ao seu efeito psicoestimulante.

Não obstante, o consumo de café está intimamente associado a hábitos sociais de convívio que, por si só, aumentam o bem-estar pessoal.


Café e peso corporal

Vários estudos em humanos sugerem que o consumo de café induz a perda de peso por aumento da termogênese e também um aumento da lipólise após a ingestão de cafeína, uma vez que se verifica um aumento do gasto energético após a ingestão de café ou cafeína. Existem evidências de que esse aumento é dependente da quantidade de cafeína ingerida, tendo sido estimado que a ingestão média de 6 xícaras de café diárias causa um aumento no consumo diário de energia de aproximadamente 100 kcal. A cafeína parece ser o composto químico responsável pelo efeito termogênico do café, uma vez que este não foi verificado após a ingestão de descafeinado.


Café e efeitos gastrointestinais

Não são raros os consumidores de café que descrevem desconfortos gastrointestinais após a ingestão desta bebida, estando o seu consumo desaconselhado em determinadas situações clínicas.

As 5-hidroxitriptamidas (componentes principais da cera do café) parecem ser parcialmente responsáveis pela irritação gástrica, pelo que alguns processos tecnológicos que reduzem a camada cerosa (polimento, tratamento com vapor de água e/ou descafeinização dos grãos verdes), poderão ajudar a diminuir esse efeito.Com este objetivo, foram desenvolvidos os chamados "café amigo do estômago" (stomach-friendly coffees), direcionados para indivíduos mais sensíveis a nível gástrico, sendo já comercializados em alguns países


Café e absorção de ferro

A ação inibitória do café sobre a absorção do ferro não-hémico (de origem vegetal) é uma situação nutricionalmente relevante, especialmente quando esta bebida é consumida por indivíduos com carência em ferro ou anêmicos. Alguns estudos indicam que a ingestão de uma xícara de café após uma refeição reduz em 40% a absorção de ferro não-hémico.


Café e sistema renal

Foi verificado uma diminuição do risco de desenvolvimento de cálculos renais em 10 e 9%, com o consumo diário de 240 mL de café.


Apesar do ligeiro efeito diurético da cafeína, os estudos realizados até a data não suportam a ideia de que o consumo moderado de café possa causar desidratação


Café e Diabetes Tipo II

Indivíduos que consomem pelo menos 6 a 7 xícaras de café por dia parecem estar sujeitos a um risco significativamente inferior de desenvolver diabetes tipo II, quando comparados com indivíduos que consomem 2 xícaras ou menos.



Café e Pressão Sanguínea

Hipertensos podem tomar café normalmente, apenas precisam ter atenção à quantidade, pois o consumo exagerado da bebida pode elevar a pressão arterial por mais de três horas. Estudos publicados não permitem confirmar efetivamente se o consumo de café está ou não associado à hipertensão, uma vez que o consumo do café está parcelado em pequenas doses diárias. No entanto, recomenda-se moderação no consumo em indivíduos hipertensos, fumantes e/ou sujeitos a situações de stress, uma vez que existe um consenso geral de que serão grupos mais suscetíveis ao efeito vasopressor da cafeína.


Café e colesterol

Inúmeros estudos têm associado o consumo de café a um aumento dos níveis séricos do colesterol total e LDL (lipoproteínas de baixa densidade), importante fator de risco de doença cardiovascular. Este aumento não se encontra associado ao consumo de todas as bebidas de café, sendo o seu método de preparação crucial no efeito hipercolesterolémico. Enquanto o consumo de café fervido e não filtrado é responsável por um aumento dos níveis de colesterol, foi demonstrado que o consumo de café de filtro possui pouca ou nenhuma associação com a concentração sérica de colesterol



Café e doenças cardíacas

Beber de uma a cinco xícaras de café moído ou instantâneo por dia foi associado a menores riscos de arritmia, doença cardíaca ou insuficiência ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). Beber duas a três xícaras de qualquer tipo de café todos os dias foi associado a um menor risco de morrer precocemente ou de doenças cardíacas, de acordo com dados fornecidos por UK Biobank através de estudos feitos com mais de 500 mil pessoas por pelo menos 10 anos.


Café e ossos

O consumo de café/cafeína foi associado, em alguns estudos, a um ligeiro efeito negativo sobre o balanço de cálcio, equivalente a uma perda de 4 mg de cálcio por xícara de café consumida. Porém os seus resultados não são consistentes ou conclusivos. No entanto, é sugerido que, especialmente os adultos de idade mais avançada, assegurem um consumo adequado de cálcio e vitamina D e consumam café até doses moderadas.



Café e asma

De acordo com estudos epidemiológicos desenvolvidos nesta área, a probabilidade dos consumidores moderados de café desenvolverem os sintomas usuais de asma é, em média, 30% menor do que os não consumidores, sendo o efeito benéfico significativamente dependente da dose ingerida. Além do seu efeito broncodilatador, a cafeína também reduz a fadiga dos músculos respiratórios.


Café e Cirrose

Dados experimentais sugerem um potencial efeito benéfico de vários componentes do café sobre o fígado, nomeadamente a cafeína, o cafestol, o kahweol e os polifenóis.





CONCLUSÃO


O café, consumido essencialmente pelo seu efeito estimulante e propriedades organolépticas, possui uma composição química bastante diversificada e complexa. Alguns dos seus componentes são responsáveis por variadas ações biológicas, muitas ainda não totalmente conhecidas e/ou compreendidas.


Não há evidência de que o consumo moderado de café (3 a 5 xícaras diárias), por indivíduos saudáveis, seja prejudicial. Existem, no entanto, alguns subgrupos da população que são mais sensíveis aos efeitos da cafeína, pelo que, nestes casos, o consumo desta bebida cafeinada devem ser evitadas. No entanto, linhas de investigação recentes apontam para um efeito benéfico do café relativamente ao desenvolvimento de determinadas doenças, entre elas: diabetes tipo II, asma, cirrose alcoólica, determinados tipos de cancro, Doença de Parkinson e Alzheimer.



Para mais detalhes, segue o artigo de revisão completo, que foi referência para esse post:


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